
A expansão por franquias depende diretamente da proteção de ativos de Propriedade Intelectual. Marcas, designs, processos, know-how e tecnologias são a base do sistema de franchising e precisam estar formalmente protegidos antes da abertura de novas unidades. Para gestores, compreender o uso correto da PI é essencial para garantir padronização, segurança jurídica e valorização da rede.
A marca é o principal elemento de identificação da rede de franquias. O franqueado adquire o direito de uso dessa marca e espera utilizar um sinal forte, reconhecido e devidamente protegido. Sem registro no INPI, o franqueador corre riscos como:
• impedimento de atuar em determinadas regiões
• conflitos de marca com terceiros
• necessidade de mudança de nome da rede
• limitação no crescimento nacional
Portanto, o registro de marca deve ser uma etapa preparatória obrigatória antes da expansão.
O modelo de franquia depende da transmissão de conhecimento estruturado. Isso inclui:
• métodos operacionais
• padrões de atendimento
• receitas
• fluxos de trabalho
• treinamentos
• estratégias visuais e procedimentais
Esses elementos são protegidos como segredo industrial. Para evitar vazamento, o gestor deve utilizar:
• contratos com cláusulas de confidencialidade
• controle de acesso ao manual da franquia
• treinamento documentado
• políticas internas de sigilo
Franquias dos setores de alimentação, estética, saúde e tecnologia frequentemente desenvolvem equipamentos, processos ou funcionalidades próprias. Quando essas soluções atendem aos requisitos legais, podem ser protegidas como patente ou modelo de utilidade.
Essa proteção garante:
• exclusividade na operação
• maior valor para novos franqueados
• impedimento de cópia por redes concorrentes
• possibilidade de licenciamento tecnológico
A análise de patenteabilidade deve ser realizada antes da expansão.
A padronização visual é um dos pilares do franchising. Elementos como ambientação, mobiliário, fachada, expositores e embalagens podem ser protegidos por desenho industrial, o que impede sua reprodução por concorrentes.
Além disso, a proteção assegura que todas as unidades mantenham:
• identidade visual uniforme
• experiência padrão para o consumidor
• diferenciação clara no mercado
Uma rede só mantém uniformidade se os franqueados utilizarem a PI corretamente. Por isso, o contrato deve estabelecer:
• limites de uso da marca
• proibição de alterações visuais não autorizadas
• obrigações de preservação do sigilo industrial
• diretrizes obrigatórias de padronização
O franqueador deve monitorar a aplicação desses ativos e agir preventivamente diante de desvios.
Franquias que expandem sem proteção adequada enfrentam riscos como:
• perda de exclusividade da marca
• imitação por redes concorrentes
• despadronização entre unidades
• litígios com ex-franqueados
• redução do valor de mercado da rede
Esses riscos podem comprometer a expansão e prejudicar a reputação da marca.
Para expandir com segurança, gestores precisam compreender que a Propriedade Intelectual é um requisito estrutural do franchising. Marcas registradas, know-how protegido, desenhos industriais e eventuais patentes compõem a base jurídica e estratégica da rede. Com PI devidamente organizada, a expansão ocorre de forma escalável, padronizada e protegida.